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População pede recursos em audiência pública do orçamento em Mogi das Cruzes

Esporte, educação, mobilidade, regularização fundiária e religião foram pautas na reunião



Audiência Pública | Karina Freitas - Foto: José Antônio Teixeira


A população de Mogi das Cruzes e região participou e levantou as necessidades de recursos para as áreas do esporte, educação e mobilidade na audiência pública do Orçamento para 2022, nesta segunda-feira (13/9). A reunião da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, realizada na Câmara de Vereadores da cidade, foi presidida pelo deputado Estevam Galvão (DEM).


Também estiveram presentes na audiência os deputados Enio Tatto (PT), Doutor Jorge do Carmo (PT), Marcos Damásio (PL) e o presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, Gilmaci Santos (Republicanos).


O prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, pediu investimentos na mobilidade entre municípios, através de acessos ao Rodoanel. "Temos a pretensão de dois acessos na cidade, primeiro na SP 66. É superimportante para o desenvolvimento da região como um todo, geração de emprego e geração de novas oportunidades", declarou. Ele também pediu o aumento do efetivo da polícia militar da região.


Caio Cunha, prefeito de Mogi das Cruzes, se posicionou contra a instalação de um pedágio na Mogi-Dutra. Ele disse que, além da cobrança, o pedágio pode gerar um problema social. "A pessoa que, por algum motivo, precisar usar o Hospital Luzia de Pinho Melo, a Santa Casa ou Hospital de Braz Cubas e mora na Chácara Guanabara, mora no Taboão, vai precisar pagar pedágio para vir em um hospital", afirmou.


"Infelizmente, nós, deputados estaduais, não podemos fazer nada a não ser falar e brigar como os senhores estão fazendo, porque para se montar uma praça de pedágio o Governo do Estado não precisa da Assembleia, nós não votamos essa pauta", disse o deputado Gilmaci Santos.


A reivindicação do mogiano Antônio Marcos da Silva Pinto foi voltada para a área do esporte. Ele sugeriu investimento em aulas de educação física, na organização de jogos escolares, regionais e estaduais, evidenciando os destaques e contemplando o aluno com bolsa atleta estadual. "Assim construiremos uma população mais saudável, visto que o índice de doentes hipocinéticos é assustador", exemplificou.


Ainda sobre esporte, a moradora de Mogi Maria de Lourdes da Rocha falou da necessidade de uma pista de atletismo no município. "Nesta pista de atletismo, você vai desenvolver todas as habilidades e as qualidades físicas da criança, então no aspecto geral você trabalha responsabilidade, determinação, segurança, a inclusão social e todos os esportes e o bem estar físico, mental e social", declarou.


O presidente da Associação de Microempreendedores e Empresas de Mogi das Cruzes, Ernesto da Silva, falou que existem muitas famílias precisando regularizar suas moradias. "Por se tratar de pessoas de baixa renda e sabendo do programa de regularização fundiária, eu venho nessa tribuna demonstrar essa necessidade para esses bairros", afirmou.


Natural de Mogi das Cruzes, o deputado Marcos Damasio falou sobre a regularização fundiária. Ele citou o programa estadual Cidade Legal, que auxilia na regularização dos núcleos habitacionais. Segundo o parlamentar, "ele [o programa] precisa alcançar vários municípios do Estado, ele precisa ser incrementado, investido e melhorado a cada dia, porque ele tem um caráter social muito importante para o nosso Estado".


O estudante Igor Henrique pediu mais atenção à educação e esporte nas periferias. "Nós criamos um projeto de uma pista de skate em Jundiapeba, porque a gente quer ocupar os lugares públicos que estão abandonados e tirar os jovens das ruas", falou. "A periferia pede socorro para cada um".


A ampliação da Fatec de Mogi das Cruzes foi um dos pedidos da vereadora Malu Fernandes. "É um polo muito importante de ensino superior para as pessoas, para os mogianos, mas que precisa de mais investimentos". "É muito importante que a gente incentive os mogianos a estudarem aqui na nossa cidade".


O munícipe Anderson de Azonsu pediu apoio aos templos religiosos. "Nós fazemos um trabalho social, onde a gente ajuda pessoas carentes sem apoio de ninguém, apenas com o apoio das pessoas que compõem a nossa casa, então que olhem mais ao redor dos templos religiosos, olhem mais para os sacerdotes, sem ter essa coisa de desunião", declarou.


O deputado Jorge do Carmo falou sobre as estações de trem que dão acesso à região. O parlamentar afirmou que é necessário incluir recursos no orçamento para melhorar o transporte. "Vai na estação Aracaré, em Itaquaquecetuba, vai na estação Engenheiro Manoel Filho, na Antonio Gianetti ou na própria estação Itaquaquecetuba, na linha 11 - Coral e 12 - Safira. Faz vergonha dizer que um estado como São Paulo, com um orçamento de R$ 260 bilhões, tem estação daquela modalidade, não tem segurança, não tem acessibilidade, não tem nenhuma condição de dizer que aquilo ali é uma estação da CPTM", lamentou.


Já Enio Tatto citou as demandas levantadas pelos participantes e afirmou que o orçamento estadual necessita de alterações. "Nós precisamos corrigir o orçamento para que ele seja mais justo no Estado de São Paulo. Dinheiro tem, mas precisa distribuir melhor", disse.


Ao final da reunião, o deputado Estevam Galvão fez suas considerações finais. "Essa audiência, eu acho que foi uma das melhores que eu participei, porque houve debate, houve sugestões. Enfim, eu tenho convicção que essa audiência pública vai nos ajudar muito na melhora do orçamento do Estado de São Paulo", declarou.

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