O Estado de São Paulo possui, pelo menos, 17 obras consideradas estratégicas para a prevenção de enchentes, deslizamentos e acidentes gerados pela temporada de chuvas que estão paralisadas. Juntas, as obras detinham um orçamento inicial de R$ 85.622.646,85, sem contar aditamentos e revisões contratuais.
O levantamento inclui unicamente aquelas que têm o financiamento sob responsabilidade do governo estadual ou que são de responsabilidade da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
Os dados foram compilados pela reportagem com base em relatórios do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), que mantém um painel com todas as obras paralisadas ou atrasadas em municípios paulistas.
As empreitadas são de ramos da engenharia civil como drenagem de córregos e águas pluviais, construção de galerias, coleta de resíduos sólidos em vias fluviais e contenção de encostas em áreas de risco, entre outras.
O levantamento não inclui o já anunciado atraso na compra e instalação das sirenes de aviso de risco de enchente e deslizamento prometidas pelo governador Tarcísio de Freitas para áreas de risco em municípios da Grande São Paulo e do litoral norte paulista.
As sirenes de alerta para risco de deslizamentos de terras e casas em áreas de encosta, decorrentes de fortes chuvas, prometida pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para serem instaladas em cidades do litoral paulista antes do próximo verão (que começa no dia 22 de dezembro), ficaram para o ano que vem.
A atual previsão de entrega é no fim de fevereiro de 2024, conforme noticiou o jornal Folha de S.Paulo.
A estação das chuvas em São Paulo tem início no mês de novembro, atinge seu auge em janeiro e se encerra em março, de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Ou seja, quando as chuvas estiverem mais intensas nos municípios paulistas, em janeiro do ano que vem, as populações que vivem em área de risco no estado não poderão contar com o que o governador prometeu.
No dia 4 de março deste ano, após deslizamentos de terra terem tirado a vida de 65 pessoas no município de São Sebastião, no litoral norte do estado, Tarcísio foi visitar o seu estado natal, o Rio de Janeiro, e de lá anunciou que pretendia instalar um sistema de sirenes contra desastres na região metropolitana de São Paulo e no litoral, antes da temporada de chuvas seguinte.
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