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Coronavírus: Prefeitura de SP volta atrás e diz que não precisa evitar passageiros em pé em ônibus

Mudança de posição ocorre após prefeito, Bruno Covas, ameaçar demitir secretário, o que levou Caram a pedir afastamento do cargo. Prefeitura queria que ônibus municipais trafegassem apenas com passageiros sentados na cidade.

Após o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), ameaçar demitir o secretário municipal de transportes, Edson Caram, caso ele não conseguisse que os ônibus trafegassem na cidade apenas com passageiros sentados, a Prefeitura da capital voltou atrás na ideia e diz, agora, que o fato de passageiros irem em pé nos coletivos não é um fator importante e que não impede a propagação da Covid-19.

A ameaça de Covas levou Caram, que era responsável pela pasta desde dezembro de 2018, a pedir demissão do cargo.

Nesta sexta-feira (19), a Prefeitura mudou de posição e disse que as empresas concessionárias do serviço de transporte público não serão mais obrigadas a conduzir apenas a quantidade de passageiros sentada nos coletivos.

Segundo a Prefeitura, a Vigilância Sanitária fez um documento informando que a diferença não está em o passageiro estar em pé ou sentado, mas no distanciamento social entre eles.

Em nota, a Prefeitura disse que "a posição em que o passageiro é transportado não é o fator mais importante na transmissibilidade do coronavírus, mas, sim, o distanciamento, aliado a hábitos de higiene como lavar as mãos com água e sabão, usar álcool em gel e o uso permanente de máscaras".

Agora, diante das novas orientações, a Prefeitura diz que "as empresas devem evitar a superlotação dos ônibus, transportando passageiros com distância segura, independentemente de estarem sentados ou em pé".

Equipes técnicas da SPTrans "irão monitorar, diariamente, o comportamento de locomoção do usuários para verificar a possibilidade de reprogramação da oferta, de acordo com as orientações da OMS". A Prefeitura diz ainda que a frota está acima da média, para evitar superlotação, e ressaltou o respeito à higienização dos ônibus e terminais.

Polêmica

Ao ameaçar demitir Caram, Covas disse que ele havia lhe garantido que "não haveria passageiro em pé, mas que, logo após a reabertura do comércio de rua em São Paulo, "5% das linhas nós tínhamos passageiro em pé".

Na ocasião, em uma coletiva de imprensa, Covas falou: "O secretário tem até sexta-feira para conseguir fazer isso. Se até sexta-feira ele não conseguir fazer isso, a partir da segunda é outro secretário que vai tentar fazer isso", disse Covas na segunda"

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