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Em um dia, mortes por Covid-19 aumentam 18,5% no estado de São Paulo

Alta se deveria à atualização mais lenta do sistema de vigilância epidemiológica estadual durante o feriado de terça (21)

Em 24 horas, o número de mortes por Covid-19 aumentou 18,5% no estado de SP em relação ao dia anterior. Foram confirmados 826 novos casos e 211 novos óbitos nesta quinta-feira (23).

Os números totais chegaram a 1.345 óbitos e 16.740 casos —estes tiveram alta de 5%. Há mortes registradas em 114 municípios paulistas.

Segundo Paulo Menezes, coordenador da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de SP, o salto se explica pelo fato de que o sistema de vigilância epidemiológica, que envolve o estado, as vigilâncias de saúde dos municípios e os cartórios, funcionou de forma mais lenta no feriado de Tiradentes, na terça (21).

"É o momento de eu colocar para os municípios a importância da agilidade na notificação dos casos para que o sistema estadual seja alimentado adequadamente e não tenha discrepância nos números", afirma Menezes.

A maior incidência da doença está na faixa entre 30 e 39 anos, com 4.385 casos. O número de mortes é maior em idosos acima de 60 anos, com prevalência da faixa entre 70 e 79 anos (350), principalmente com comorbidades como cardiopatias e diabetes.

"Os jovens e adultos jovens, embora tenham menor ocorrência de casos e óbitos, são transmissores do vírus quando infectados, e nessas faixas etárias podem ocorrer casos graves", lembra Menezes.

"Se não mantivermos a taxa de isolamento acima de 50%, esses números terão percentual de crescimento com dois dígitos, 10%, 20% ao dia, e o sistema de saúde não dará conta do enfrentamento da pandemia", disse o secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann, durante entrevista à imprensa no início da tarde desta quinta.

O estado de São Paulo tem hoje 1.483 pacientes com diagnóstico confirmado para Covid-19 internados em enfermarias e 1.374 em leitos de UTI. Outros 2.713 com suspeita de infecção pelo novo coronavírus permanecem em enfermarias, e 1.433, na UTI.

A taxa de ocupação dos leitos de UTI por Covid-19 está em 55,3% no estado, 74% na Grande SP e 70% na capital paulista.

​A UTI do Instituto Emílio Ribas está perto da capacidade total, com 96% de ocupação. Na enfermaria, a ocupação é de 64%. A unidade abrirá mais 20 leitos de UTI para Covid-19, sendo 10 nesta sexta-feira e os demais em uma semana, totalizando 50 leitos.

"À medida que observamos um número crescente de leitos, precisamos garantir que a velocidade de aparecimento de novos casos precisando de terapia intensiva diminua. Governo e prefeitura estão fazendo a sua parte. Precisamos que a estratégia também seja abraçada pela população. Queremos dar uma notícia melhor, que é a não necessidade de mais leitos", diz Luiz Carlos Pereira Júnior, diretor do Instituto Emílio Ribas.

Hoje, metade dos leitos de UTI no hospital, todos eles destinados à Covid-19, são ocupados com pacientes abaixo de 60 anos.

No Hospital das Clínicas, a taxa de ocupação da UTI é de 93,5% e 69% na enfermaria. Os demais hospitais observados são o Hospital Geral de Carapicuíba (89% na UTI e 64% na enfermaria), Hospital Regional de Cotia (78% na UTI e 46% na enfermaria) e Hospital Estadual Mário Covas de Santo André (89% na UTI e 43% na enfermaria).

A exemplo da capital paulista, o governo do estado publicará no Diário Oficial desta sexta-feira (24) a recomendação para o uso de máscaras; mas as autoridades de saúde afirmam que a medida mais eficaz contra a Covid-19 é o isolamento social.

Na cidade de São Paulo, a taxa de isolamento registrada no dia 22 de abril foi de 48%, bem abaixo do que o governo considera aceitável, em torno de 60%, e do visto como ideal, 70%.

"Se não tivermos taxa superior a 50%, poderemos rever a decisão da etapa que sucede a atual quarentena, que vai até 10 de maio", afirmou o governador João Doria.

A capital paulista tem 11.025 casos da doença, com 1.124 mortes.​ O novo coronavírus já se espalhou por todas as regiões e bairros da cidade de São Paulo.

Brasilândia (zona norte), Sapopemba (zona leste), e Capela do Socorro (zona sul) têm o maior número de casos e óbitos, segundo o prefeito Bruno Covas.

"O pior ainda está por vir. A história da cidade de Guayaquil [no Equador] deve servir como exemplo para aprendermos com o risco que todos corremos", afirma Covas.

Guayaquil, onde o sistema de saúde colapsou diante da Covid-19 e não havia onde manter os corpos dos mortos pela doença, é o ponto central da nova campanha promovida pela Prefeitura a partir desta quinta-feira. O institucional ressalta a importância da quarentena para controle da disseminação do coronavírus.

Nem todo infectado pelo coronavírus se torna um doente grave. As autoridades médicas do governo estadual afirmam que 80% dos contaminados não precisam de internação.

Com o objetivo de desafogar os hospitais, a Secretaria de Estado da Saúde ampliou os serviços de triagem para casos de Covid-19 com apoio de contêineres.

Cinco unidades estão em funcionamento e outras três serão implantadas, em maio, Hospital Geral de Guaianazes, no Hospital Regional de Osasco e no Hospital Padre Bento, em Guarulhos (Grande SP).

Os cinco hospitais que já estão realizando esquema especial de triagem fizeram mais de 3.800 atendimentos até o momento.

Os centros do Hospital Geral de Vila Penteado e do Conjunto Hospitalar Mandaqui, que já estão funcionando nos contêineres, realizaram, juntos, 1.127 atendimentos até 21 de abril.

No Instituto de Infectologia Emílio Ribas, no Hospital Ipiranga e no Hospital Geral de Guaianazes, a triagem especial para casos de Covid-19 está sendo realizada no próprio espaço hospitalar, durante os preparativos para ativação do serviço nos contêineres.

Tudo somado, as, as três unidades já fizeram 2.707 triagens — só no Emílio Ribas foram 1.304.

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